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(Reprodução) |
Colecionando capas históricas cheias de sacadas sensacionais, o jornal argentino é referência até para jornalistas brasileiros. “A Quién Le Rezamos?”, destaca a capa desta quarta-feira (6). Em livre tradução, seria algo como “Para quem vamos rezar?”. O título vem junto com a imagem do Messi com as mãos juntas e em expressão preocupada. A edição foi às bancas um dia depois de a Seleção local ficar no empate em 1 a 1 contra a Venezuela e se complicar nas Eliminatórias. Uma aula de diagramação gráfica e de como casar o texto com a imagem.
Em 21 anos de história, o diário coleciona sacadas como quando em 2005 depois da final da Copa das Confederações, entra Brasil e Argentina, que terminou com vitória brasileira por 4 a 1, estampou na capa “Por razões técnicas não pudemos imprimir esta capa. Volte amanhã”. Ou quando noticiou o 7 a 1 “Hexa + 1”. Na derrota por 3 a 0 para o Brasil, no mesmo Mineirão do 7 a 1, estampou no site “De Neymal a pior”.
A criatividade não fica só nos títulos. Depois que Messi voltava de lesão e fez uma super partida pelo Barcelona fazendo dois gols, a edição do dia seguinte do diário não trouxe nenhuma palavra. Apenas aparecia a imagem do jogador com os braços abertos. No logo, onde deveria estar escrito OLÉ, eles trocaram a ordem das letras e escreveram LÉO. Sem mais.
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Aécio de Paula Colunista do Esporteemidia.com @TorcidaBrasil2 |
Não digo aqui que o jornal argentino é perfeito. O diário também tem seus erros, como por vezes exagerar no tom e partir para o preconceito, como nas Olimpíadas de 1996, quando a Argentina esperava o vencedor de Brasil e Nigéria, e a capa estampou “Que venham os macacos!”. O próprio jornal admitiu o erro e se desculpou. Percebeu ali que dá pra fazer piada sem ser ofensivo, como aliás, o próprio Olé é prova.
Assim como no futebol, Brasil e Argentina também são gigantes na crônica esportiva. Assim como nós, eles também têm vários nomes marcados na história do jornalismo esportivo mundial. Craques que não aparecem nas capas de jornal e que não têm os nomes gritados pelos torcedores. A torcida brasileira é menos criativa que a da Argentina. Vamos perder esse duelo também no jornalismo?
É preciso aprender com eles.
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Por que não temos no Brasil um jornal como o Olé, da Argentina?, por Aécio de Paula
Reviewed by Ribamar Xavier
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quinta-feira, setembro 07, 2017
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